domingo, 24 de agosto de 2014

Por vezes
por baixo da cama
me fico deitado a sonhar alto
o que por cima podia ser mas não é.

E quando a luz do dia
me acorda verão,
pesadelos de inverno me chamam
como trovoada que não quero.

Então sonhar é largar essa carga
em coisa mágica de lembrar criança
em músculo e tensão de homem feito,
pronto à guerra e ao silêncio agonizante
de crescer vazio, sem tecto ou chão que cole
o pensamento à existência física e mental.

Mentir e sorrir
para deixar passar comboios e eléctricos
que não vão pelo caminho dos meus pés.

Sabem eles onde ir,
não sabendo eu...

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