segunda-feira, 30 de junho de 2014

Espero-te ao lado da minha atenção,
sabes como ela é tão intolerante a coisas
que não as minhas...

De estar por aí espalhado,
sempre falho na procura de encontro
que dure.

Há mais que essa dor que descobre horizonte.

Há andar por aí,
sem medo - sem noção de tê-lo -
e acordar vivendo-o distraído,
por lapsos de memória
que o lembra e esquece sem demora.

Aquela confusão que nunca quis
tenho agora
mas isto questões do ofício,
de querer descobrir o além
sem sair do lá que advém.

Se soubesse não teria graça.
Pois graça é ir descobrindo
caminho sem o sequer decidir
e vê-lo nisto oferecido por forças
misteriosas - ou tão pouco - da vida.

domingo, 29 de junho de 2014

I see you world.

Your poor are away
because feeling
and your rich away
because of not.

Who's here to stay?

The one who does his
and only his way?

Maybe...

So much great things achieved!
Technology taking care of our
instant needs like a cold, cold
magic candy that lets be forgotten
after using.

With this forgot we forget so much more...

The way is yours
and to be, for ever difficult,
it's what's worth.

So cry when you have to
only not to take that weight
inside a light headed mind.

Light because of the flexibility needed
to deviate reality while you pass.

Follow leaders that only you know
and respect not the ones they say are.

Noise and stress to be used
and abused like any other
superficial thing.

Mind to create
and hands to make.
Eu de sincero prejuízo vivo a vida em reacção
de ver ela ser a maior geradora de, e tudo mais.
Porque na coisa de ser um, demais pensamentos
e ajustes de personalidade, fazem ser dos outros
uma coisa bem mais natural... Então reagir e ser
regido por isto é fazer da cama a alma e dos sonhos,
que daí advêm, asas de envergadura plena e brutal.
Tudo isto em silêncio de ver vida cheia no pequeno
e pequenino. Ao alto a sátira da velhinha que escolheu
ficar viúva e fuma a tarde inteira no café da esquina
em companhia das amigas. Via-a ontem, a propósito.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Aquele sorriso sofrido
de quem já sofreu
para fingir prazer.

Há coisa mais sensual numa mulher?

Quase que "nisto"
é ela feita para isso.
Canto ao grito profundezas do espírito
enquanto a silhueta dela me olha de lado.

De pé nado-lhe as esperanças
de ser quem se possa sentar e estar
por um tempo - quem sabe todo.

Lá fora, na noite rua,
as pessoas me largam cantigas
de ser momento sempre,
que nem amanhã ou ontem
podem concorrer.

Voltado na alegoria
de noite finda em infinito,
durmo-lhe a pele,
carinho e o destino.

Palavras são coisas pesadas
e em silêncio nos encontramos.

É ter quem te possa ter
por um momento,
quem sabe tempo.
 

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Rocha e o Mar


Portugal

...talvez experimentar outro ângulo.
Algo dentro corre como una nube que me encanta a sufrir e dejar la vida me levar por dónde nada puede acontecer. La liberación de espacio y tiempo e dejar lo que siento existir por completo en algo de arte. Pero hay cosas en esta vida que non tienen posibilidad... Lo descubrir que do nada nace tanto y que la distancia solo prolonga la espera de lo inevitable. Solo una vida; y la sufrir es como multiplicarla, vivir mas por la indecisión de vivir esta. Me encantan cosas muy simples, que más nadie ve. La conquista de lo infinito concreto para tener o que hablar con los demás. Mucho más quería una calma y una posibilidad de quedarme, non ir a más ningún lugar. Viren los otros a mi, sonriendo, diciendo con cariño sus vidas, sus problemas, sus maravillas. Demás movimiento te pierde la alma, corazón. Mi pierdo porque me encontré demasiado y temprano. A los costos de la imaginación las piernas andan y los ojos miran nuevas cosas, a encantar lo espirito a creer y criar de nuevo, nuevamente.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

For as little as we pay
could find so much better day.



Mind filled with ideas
and wishes not even singular,
not even part of the individual.

Getting stopped by some
never ending road that can't go
just stay.


The past is quite here, in here.

No present is full of it.

Like in a dream
life rolls unnoticed
and it seems the flow
knows more so just follow.

Strange ways. 
Não há nada de alternativo no alternativo.
Porque não fazer algo sincero?
Dark Vader had a child.



(um bom poema para o mundo Pop)

terça-feira, 24 de junho de 2014

No heart can follow
cause the center hollow.

Eyes can see
but mind cannot enter.

Can feel
but not understand.

Energies to trail
and all lost being
the perspective
of gained moment.

Strange ways to be,
elegant form of existence.

The way, the moves,
all not pretensiously
but effectively conscious.

Blowing blood
to find time
and with it
burst life.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Oh inspiração de onde vens tu?

Corre-me ao chão, fugindo do céu,
crio nuvens e mais nuvens
cinzentas não mas mesmo pretas.

É para não saber desse destino de saber.

Oh mas que descanso é o que sempre torço
por viver mas chegado a ele vem um desejo
faminto de outra coisa qualquer.

Alguém para abraçar,
sorrir, amar...

(E há tanta gente!)

No beco sem saída
de ter-me livrado do anonimato,
e nisto proceder a ele, sonhos de passado,
coisa imaginada na verdade. 

Quero algo, alguém.
Não me dêem dinheiro
que ele é negro,
triste...

Entrar nas teias da coisa actual
sem vestes; nu de querer aquilo
que aqui não existe,
não pode existir.

Ou pode?

Ai, que quero certezas!
Quero certezas (especialmente
as passageira) para que me
levem a outras lá à frente!

Andar.
É só andar.

...e aqui parado.
Oh mas que ataráxia!

Parece que gosto disso
- são os segredos,
o mistério e toda essa coisa
que se não fala,
grita em silêncio.

Maresia de viajar.

Mas viajar onde?

Oh, viajar.

Ver da sobrevivência
ser afinal a Vida.

Mas e a instabilidade?

Que coisa asquerosa essa!

...é ela a porta que guarda
novo terreno, novo meio;
há que ter paciência...

A solidão que me quer.
Permanecido num ideal qualquer
esqueço tudo e lembro o nada
que conheço bem: decifro.

Está uma tempestade dos diabos lá fora.
Chove muito.

Quem sou eu?
 

domingo, 22 de junho de 2014




Em Lisboa há sempre forças a pedir serem usadas por quem, demais para si, tem de dar para rir. Porque faz rir também esta coisa mística de cidade antiga saber segredos mais que seus singulares habitantes. Sonha-se acordado por aqui se não se tiver cuidado... Ser alguém aqui é evidenciar esses segredos aos outros e nisto os intimidar por via de mostrar que os sonhos de dentro são coisa física e real. Lisboa dá o que fazer se não se tiver nada que fazer. Faz discípulos de si.


Noite acama incêndios de vida, chama.
Mas demais cama fogo se extingue
e a primavera se perde em tempo de espera.
Mentir ao conforto alegoria de imaginar
e sentar apenas a loucura na disciplina
de viver cada momento um desconhecido.
Provável mente que cansada exige ainda
flores e borboletas, qualquer coisa florescente.
E no baloiço velho do jardim municipal
deixo falar em cheio esses pássaros
da minha cabeça que mais voam que sei lá o quê.

sábado, 21 de junho de 2014

Geração que se inventa a cada momento.

Não tem chão, só céu.
É crente por sobrevivência.

Desce a escada da grandiosidade
para andar nos andares de baixo
com estilo e maneiras de cima.

A dura vida que nem é dura
só escassa.
Escassa a alegria, a inocência,
aqueles afectos que se tem quando
adolescentes ainda.

Há que fingir ser confiante
para poder andar em frente.

Há que fingir ser o que se não é
para levar esse que se é a bom porto
- onde possa brotar.

Guardar.

Sim guardar porque hoje se gasta rápido
- não o há quem colha com bons modos...

Geração do salto virtual,
e tudo o que se come tem também fotografia.



Sente o vento,
ouve a gaivota,
mergulha o mar,
mexe na areia.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Não sei onde cai o sonho
quando se senta ele aos outros.
Talvez fique pelo caminho,
talvez altere destino, junto
e não separado.
Agora que, em parte, lançado
por aí parece que perco destria
intelectual. Já não nasce
antes reage e reage a desvios
próprios de quem se lançou
ao mundo, impreciso, improvável,
incompleto... Ter que levar isto
sozinho, parado, é gasto de emoções.
Loucuras tristonhas de até serem felizes.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Dentro do amanhã
acontece estar-te em ti,
sono de quem sonha.

Pensava que de nada
responderias a meu obrigado
mas sabes, melhor que eu,
que não fui obrigado.

Consegues o dia
quando só de noite me aprumo.

É lá na calçada
que visto essa dança de viver
despreocupado,
como nada que eu nunca sou.

Palavras ao lado de quem olha
e sente o silêncio de quem não mente
dentro - talvez fora.

Ali, no fim da rua,
espera-se o autocarro,
que no Brasil se chama ónibus
- parece que tem vários nomes
no mundo essa coisa grande
que leva muita gente dentro.  

Estava a olhar para a gente que o espera...

There is a house inside the house
and that house is where he lives.
Quite and calm lives of space.
No entry aloud for it is where
nothing can be.
All the nightmares have no voice there
only outside the house inside the house.
When the space lost, for no expanding being,
the little house, inside the house, starts to crumble
and not silenced heard but all the sounds unheard
outside the house inside the house.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Inconstitucionalissimamente.
Não consigo escrever.

É uma chatice porque é
daí que recebo meu viver.

Tanto vivi já na escrita
que viver se torna difícil,
demais monótono e solto.

Sem rédea meus pensamentos
não se pensam.

Toda uma confusão se elabora
e em silêncio procuro existir.

Mas isto idiota porque
quem procura existir?

Apenas se existe,
se existe sem consciência disso.

Sou demais atento,
demais qualquer coisa.
De encontrar, forte firme,
algo novo, quem sabe doce,
e no passado de o imaginar
acontece.
Aí eu caio em mim e, talvez,
seja, sou, mais que casco,
noite de um dia qualquer.
Mas sou para ti,
para ti me parece.
Falo a ti como se de uma personagem
se tratasse.
Tu nem reages, nem nada,
és distraída.
Mas atento, eu, caio em ti
e dali nada sai.
Confusão, chamada tão incerta...
Índio ou militar.
Guerra à vida ou
vida à guerra?
Nascer para morrer
ou morrer para viver?
Sai do chão que te cai
ó homem sombra
- nasce antes de morrer!

terça-feira, 17 de junho de 2014

Já sei o que sou!
Sou escritor.
E escritor é não ter valor.
É ser o que se sente,
é sentir como quem mente.
Fulcral mas passageiro.
Ver tudo abrangentemente!

Viste?
Acabou.
No Future Only Sun.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Há dias que começam acabados,
um fim prolongado.
São dias que precisam de paciência
para além da melancolia ver noite e dia.
Há dias que cansam a própria existência
pesando-a como culpa de nenhum destino.
Dias que, por mais que belos, só mais demoram
a passar: são dias que não têm lugar.
O não conseguir dormir e assistir
ao sono da vida com preguiça.
Não tenho ao raio coordenadas
mas mantenho-me a vê-lo, quase.
São pedras que me regem
e eu feito água - ou sangue -
contorno-as.
Falta-me a desistência para ser cínico
e inventar concordância.
Neste real caminho de ausência
o que consigo é o presente.
Tratar os outros com o devido respeito
é tratar-me a mim onde já não consigo.
(coçar a ferida para quê, se infecta?)
Névoa fez hoje de manhã;
é como se o dia me saudasse simpatia.
Não mais perfeita decisão ou coordenação.
Sei apenas que por aí sobrevivo
e em brechas de distraído sinto e vivo.

domingo, 15 de junho de 2014

Seres singulares.


Procura quem te colha meu amor.
Porque na queda de te eu querer
cais em mim no precipício de dois.
E somos um, quando no fundo nos
olhamos supremos do nada sempre
fazermos algo...
Tá, tá, e no incógnito respirar
a ausência de haver esperança.
Colho-me ao chão, flor de lótus
com tão pouca dança...
Encantas quem olhos vêem.
Na estadia de festa abraças
o vento ao canto do nunca;
e em ti nasço e morro;
e corre o tempo de quem trabalha
enquanto gesticulo conversas
do cheio presente que não tem tempo,
não tem tempo...
O nada que guarda o tudo.
Salta.

sábado, 14 de junho de 2014


Fica ao canto, ao canto de qualquer coisa
que não sai, que brilha quando tudo cai.
É uma coisa engraçada mas escura e dura,
pesada também mas óptima quando se mais
nada tem.
Não a via há um tempo mas aqui o tempo
pára e acontece lembrar - em perfeita sintonia -
esse parar, esse parar que anda, esse andar
parado como vento, sem estado.
É um morrer que vive, um viver que morre,
em gozo de se poder experenciar, deixar levar.
Não o aconselho e sei que quase todos nós
vivemos à frente ou atrás disto mas não no meio,
onde ele se encontra e acontece.
Meditação talvez, coisa de solidão e de não
ter que fazer, preguiça de dizer...
Ou talvez cansaço, coisa de troca de horários
abrupta que nasce o que se esqueceu, volta atrás.
Não gosto de voltar atrás, só à frente cresce.
O atrás é solo morto que guarda o petróleo do
espírito que tem tudo de nada morto ou escuro.
Nem pressa, nem nada; não há puxar nem empurrar
e assim fica-se no tempo, olhando-o como um velho
enquanto a criança vai perdendo, dentro.

Nas voltas desta vida a única coisa a aprender
é a esquecer... Talvez para só lembrar essa brisa
de agora e esse olá de um estranho como o derradeiro
primeiro.

Fico assim aqui e é coisa tão melancólica
que se torna doce. Mas de solidão será,
e se torna, venenoso e nisso creio não crer mais...

Ver a vida a passar só se se tem a quem querer dar.






Nothing choosing,
the walls not been no more
and I a discovery of the moment,
every single moment in time.

Bright light on the day and in the night
falls me sweetly like vanilla ice cream.

Badly I feel all this in streams of child sense.

To grow up is the key for a child to be
and keep being in a body of years
and space of conscious horizon.

I get through but keep forgetting
what to be and see,
for feeling is my vocation.

Yesterday the streets were full
and the crowd was my friend,
the music was loud and coming
from all around.

People's faces smiled
and couples dancing
like tomorrow only a sound.

Loving this city and its people
and somehow knowing that
it's going to grow like I felt
deserving years ago.

Wandering around on my own,
accompanied by good people,
living the doubt of having too much
and not telling or making.

Dancing the keys of the night
smiling because it will always
deliver a new clear day.

Life does continue.






quarta-feira, 11 de junho de 2014

Contesto ao tempo o tempo de ser
pois a contemporaneidade já passou o individuo,
é de ser universal que se trata.


Hoje a luz é outra
e o caminho alcança barreiras
e as abraça e se despede
pois ensinado por elas
procura aprender outras.


Little fairy of the winds land,
can I see you now?

Forgot you little fairy...

Can a stone be wild?

May, perhaps, thoughts linger on grand wings.

Crazy about going my friend.

Crazy.

Cause it all seems beautiful and perfect
but not my background strange demands.



Saw a big bird on the road ten minutes ago.

Think it was a owl
- what a beautiful creature a owl.

Everything in place
but why have I no place?

Interrogations are miserable...
Keep it to yourself.

terça-feira, 10 de junho de 2014








Pareceu que a vi
mas foi ilusão,
com certeza, 
confusão.

Não quis olhar demais 
nem confirmar,
se sim se não.

Sempre mexe cá dentro muito,
tanto que não tem explicação.





É que Portugal
se me apaixona 
como uma bala de incerteza.

Porque demais incerto país,
deixa confuso quem muito lhe diz.

Vou ficar aqui,
mas vou ficar indo para o desconhecido,
outro país, cultura.

Talvez algo sóbrio um tanto,
para ceder meu sangue a algo
menos pedante que a poesia
e a tão romântica e,
aqui, tradicional saudade.



Tanto que do mundo
respiro segundo transpirado
enquanto sinto tudo de tanta maneira
que tenho de esquecer maneiras
e movimentos e inventar o que fazer
para não enlouquecer.

O longe o perto
caminhos de magnetismo essencial
à noção de pertença, família e crença.

Maltrapilho disto que vivo
e ser ela, a cabeça, que sempre,
sempre pensa e quer e diz
enquanto em silêncio medito,
medito os outros, a realidade,
a vida.

Porque ser daqui
faz-me observar tudo ao milímetro
e de tão perto a lupa queima com o sol.

Tentar fugir e saber voltar
como quem viveu e aprendeu
espaços de um outro lugar.

Do não saber o que busco
sempre encontro o conhecido desconhecido
mas agora são outras coisas que preciso.

Vem à costa ó garrafa com papel escrito dentro,
quero-te ler.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Se escrever é conhecer o próprio
e conhecer o próprio conhecer o mundo
o que mais haverá a conhecer?

Outro olhar então.

Não mudar o próprio
pois no cerne tudo é igual.

Conhecer outra visão.

Isto conhecendo alguém,
conhecer outros sem desdém.

Com a calma de além ser aqui
ter por onde ir
ou, quem sabe, ficar.

Viajar a mente com os pés.




Que o amanhã já não vejo
e o ontem, por demais confortável e ágil,
aborrece um pouco.

Lancei-me ao mundo em forma escrita.

Não sei mais se sou isso que escrevi
ou isto que vivi e vivo.

Portas e janelas aguardam abertas.
Sendo demais fecho algumas
mas a corrente de ar começa logo.



As decisões que não quero
mas indo logo me seduzem
a querer mais
(eu que queria tão pouco).

Um pouco confuso.

Mas sei hoje essa a estrada.

domingo, 8 de junho de 2014

Lisboa é habitada desde 1200 antes de cristo.

Tem tempo.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Running away from something...

The "who am I" scene.

Blazing sun that I saw true,
impeccable.

But running it on warm blood,
with memories in a house,
it's the danger of comfort
and passivity.

Too good on adapting...

And it seems that the hardest,
the more dark - but somehow true -,
the more impossible
is what I most gladly let through me.

It's clouded the weather
and the sleep was awake:
the mind cannot function
without purpose.

Work, that's the thing,
the grand achievement of our time.

The job.
The job to entertain life.

Not that working is bad,
I like to work honestly.

But that demand,
and only being that demand,
is not good.

Unemployment and people going (naturally) mad.

Get a job they say.

So a job it is,
but the thing is that my job
seems to be life itself.
Dancing stars I cannot speak
you taught me to dream loudly
in silence.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Tanto mundo mas só um no entanto.
Um que se viaja e se vai sabendo pelo
ideal talento de ter uma mente que pensa
e resolve.

A rua oferece encontros gratuitos ou marcados
e o silêncio guarda o sono, o sonho e o passado.

(É do longe que me chama
mas me quer perto, perto demais
e isso sufoca.)

Algo que entretenha e distraia
essa clara mente que pensa e ordena e sabe
- como uma idiota na verdade...

Se parado se quer o mundo
mas andando por ele se sente só essa vida
que passa pelos pés, olhos e pele.

É passar com ela.
Ir com ela?

Coisa estranha.
E tanta dúvida chacina vontades,
demais vontades...

A ânsia de resolver,
de sentir bem,
de fazer melhor.

Querer ou criar.
Acho que uns nascem mais
para uma dessas coisas enfim.

Lamentos não levam a estradas.

Qualquer coisa que indique,
escolha, seja, diga, fale.

Falar é bom.
Faz lembrar que não só existe "isto"
cá dentro que reflecte lá fora.

 Mais de nada
não estou a dizer tudo...

Deserto.
 
Parece um deserto a minha "vila" nos arredores da capital.
Um pequeno salto à cidade maravilhosa - Lisboa - e parece outro país,
outro mundo; onde não há crise, onde há turismo, fantasia e encontros.

Loucura.

Depois da febre do Brasil, do sorriso fácil e sugestivo,
da vida excitada e impulsionada pela constante possibilidade
de algo dar errado, chegar aqui, ao país onde nasci, e ver um deserto.

Coisa.

Ter que ir novamente, sair daqui o mais breve e certo.
A dor de viver já é característica de Portugal
mas isto que vejo e sinto já não é dor mas outra coisa.

Deitado no sono da vida
em leito de preguiça física
e ataraxia mental os sonhos
não têm por onde voar porque
não os há lugar para querer.

Não mais que piso,
chão este onde me deito,
sento e como
e olho a vida passar.

É o tal sítio donde vim
aqui parar,
tão mal ajudado...
(para quê a ajuda?)

Projectos muitos
mas eles se sucedem neste nada
que os imagina todos.

Andando por aí pesam-me
mas, sem se evidenciarem práticos,
não me vêm às mãos.

A casa.

Outra seria ou será,
minha?

Ou seguimento de viagem
cantando:
"I ain't got no home,
I'm just a-roamin' 'round,
just a wandrin' worker
I go from town to town,
and the police make it hard
wherever I may go
and I ain't got no home
in this world anymore"
do grande senhor Woody Guthrie.

Não sei
mas soube e sabia,
quando tinha ainda,
tinha ainda...

terça-feira, 3 de junho de 2014

...muitas vezes não é a felicidade que a traz

mas um qualquer "deixar morrer"

que faz tudo de essencial se mostrar

e acontecer.




Sou estranho à felicidade.

Ela chama onde me não escuto

e eu creio que me quero escutar...
For too much is for all a must.
But me is the little I trust.

To survive, love has no place.
For no one understands
and you fall madly with all.

Lonely place to be in love
with a city and its people.

International it's a must right now.

Finding new weather and sound.

A city or the campsite
- but out there and not in here.

Lisbon is a too beautiful of a city
to be and stand: lot of demand...
 
De lado ao estado
concorrer curvado
àquilo que se disse
querer anos atrás
(vidas, parece).

De costas voltadas,
como escudo sim,
a cara olha de lado
o que de frente
os pés afirmam.

De amanhã a ontem,
de terra ao céu
- suspiro alto
que se ouve ao longe.

domingo, 1 de junho de 2014

A luz é demais
e depois o calor tão certo
que traz furor às células de todo o corpo.

Não estou em mim
estou a sentir
e se demais
esse se torna eu.

Casa, calma,
algum poiso onde encantar
descanso a me procurar.

Onde fica a ordem?

Vejo demais liberdade
e sinto-a plena na mente.
Mas a viver...
coisa distante, me parece.

Lisboa é uma cidade mágica.

Cidade que guarda segredos íntimos
mas públicos,
perfeitamente públicos. 

E quem aqui vive
não sabe mas sorri esse sorriso.

Lisboa - cidade que amo profundamente.

(e, como se sabe, tudo o que se ama
queima e queima
até não mais haver)