Na caneca de cerveja está o ganho tempo
de saber perdê-lo em contemplação.
De fogo ao alto
meu fardo é água que balança com minha indecisão.
Sei lá o que é comer ó nuvem!
Minha dança não dança
mas corre em fugidio fingimento de fugir
para melhor ficar.
Não há instruções à vida!
Corre ela seguida
pelo palmo certo da razão,
palmo esse errado ao coração.
Mas quem é de dúvidas esclarece,
pela arte, o que carece à vida.
E assim, mais que finda, ela continua nua.
Linda é ela que me consegue
fazer da vista a vista dela.
Pois de mais cansado da vida,
e de meu prejuízo nela,
seu corpo me enaltece caminho.
Não mais obscuro, não mais abstracto
mas concreto, em gemidos de prazer:
eu dentro dela e - não mais só -
nós dentro da vida.
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