De manhã acordo o nervoso de não saber destino
e ficar a olhar o que "pode dar" como uma espécie
de espantalho, meio que triste e conturbado pelas opções.
O dinheiro e não o ter.
O ir para tudo perder,
ganhar o espaço e o tempo disso.
Mas o ir precisa de dinheiro
e, ou muita, muita vontade.
Nestes tempos de imensidão
ficar prostrado num quarto
não tem deveras razão.
Mas há o que se precisa para sobreviver,
estando o viver deveras longe.
Depois de tanto caminho percorrido,
tanto imaginado
- quase vivido por essas vias oníricas -
voltar à coisa de ficar,
não olhar nem pensar demais
para ter como receber
o pouco que anda por aí a oferecer.
Qualquer coisa muda
mas a dor é a mesma.
Em parte, encontro consolo altíssimo
na escrita
mas tal consolo só me acaba por desconsolar
esta minha vida.
O dinheiro, a independência,
coisas da existência.
Dar o passo mordaz,
aquele que só responsabilidade do só terá.
Receio mas é isso que é a vida,
não é?
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