segunda-feira, 18 de agosto de 2014

De todo um pouco que pego com a boca para o saborear.
Deixo o resto ao resto para que em migalhas aqueça quem não tem.
Um passo de alto ao pequeno
pois de grande ser em ideia, mente a mente...
Coisa pequena que se sente,
apenas sente.
Mas sentir este que pode levar a ideia à realidade,
se só ela se sentir - mais nada abrir.
Ora, quando se tropeça por aí,
com sangue de vir em cada movimento, acção,
a realidade, não mais tangente, entra em ebulição
cá dentro.
Chama-se "vida"...
Dura, é dura a vida mas dura
mais que o sofrimento que, antes e entre o Ser,
se carrega como quase sem querer.
Mas há quem queira sofrer...
Todos nós na verdade
- porque o sofrimento guarda ela também.
Mas não o só.
E só sofrimento conhece apenas céu e inferno
nada conhece ou reconhece do chão.
É o chão que se anda,
é o chão que nossos pés pisam
e nossas pernas andam.
Além da dúvida há o encontro com o outro
e além do medo há o medo do outro também:
continuação, não só no só mas em conjunto.
Porque todos na luta da vida.
Uns mais dados que outros
e uns mais magoados que outros.
Outros apenas interessados neles mesmos.
Todos uns e todos outros.

Mel que me canto ao sangue de sofrer
ver vida a nascer para tentar não morrer.

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