segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Lua Rua


Oh, que respiro sem saúde
com data de validade e assim...

Que coisa é esta de não saber estar e ser?

Fluída conquista de quem imagina mais que viver
saber
e nisto se perder
vivendo em dúvida constante
a certeza da vida ser deveras bela.

Não sei donde me perdi lá atrás...

Talvez Inverno,
talvez frio e demais sossego,
talvez o cansaço do trabalho não ser novidade
mas já rotina do ontem parecer já amanhã,
talvez haverem idiotas no mundo que antes se pensava serem boa gente.

Não sei.

Estou cansado de não estar útil.
Cansado de algum inerte desassossego.

A coisa não rola
e o quanto eu vivo
para simplesmente vê-la e sê-la
fluindo sem nada a obstruir
tamanha lucidez brincalhona.

Vejo o mundo em ecrã digital.
Não sei bem de meu mundo universal.

Se o encontro novamente
se sou novo e ainda não o sei.

Os desígnios da vida
precisam habituação e...
alguma resignação?

Epah, talvez, talvez.

Crescer não é fácil.
Mas eu não cresço
somente evoluo
- creio.

Nasce de novo
galinha do ovo
e que saiba ser
sem saber
novamente
brutal.

À conquista de ser;
daqui, dali, de tudo e todos.

 

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

E que bom que é cair do trono e ser novamente peão.
Fascinante entender que é o tempo o mais precioso instrumento da vida.

O tempo de sossego,
o tempo de deixar a rotina,
o tempo de deixar acontecer o nada acontecer.

O tempo é O instrumento divino.

Perceber e respeitar o Tempo é coisa de saber da vida
e seu divino.

Ter Tempo é ter espaço
e ter espaço é saber o que fazer;
apreciar, criar e ser como se sente,
dever ser.

Ter Tempo é Saber.

(que pouco se dá ao tempo de nossa moderna consciência...
Com Tempo não és agora mas Sempre.)

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Badajoz

 Francês




Árabe 



arte Ao pRédio





Intendente



De dentro há tudo.

Oh, fora mundo o individuo,
tempo ou circunstancia.

Caminho do mínimo átomo
ao mais alto elixir da montanha dos Himalaias.

Concreto precipício
que além de saber
age.

E visões traz
e visão também:
absoluta.

São de mim que nascem
mas da vida vêm.

Qual mistério sentido...

É o acreditar e solidão.

Oh sim, meu irmão.

Felizes de quem não tem de ir tão longe
para se sentir perto...

Eu vivo assim,
entre a ilusão de viver,
entre a ilusão de sentir.

Mas crer, creio
e creio demais ainda.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Que coisa esta vida.

Tentar fazer o caminho destino
até que algo embate e não mais esse,
outro.

Fica a dúvida:
será que devia continuar aquele
ou fazer antes este vivamente.

É Inverno
e o carrasco que faz Eu mexer
bem oleado, cá dentro,
está perro e triste.

Esta chuva e nuvens constantes
não levam a voz a um bom vento.
Fica presa aqui
sem nenhum encantamento...

Melancólica passagem
pelo frio da estrada húmida.

Não fui feito para isto,
este tempo.

Há quem goste de ficar no quarto,
no quente, sossegado e nadando o sossego.

Eu não.
Estou sempre demais com forças
e se as não uso
usam-me elas
por forma negativa
pois não lhes dou - não lhes encontro - acção.

Há uma certa vontade de mudança
mas ela não vem assim certa.

Há que esforçar,
penetrar talvez fundo
para verter para mim o fluído
que muda e cura,
sabe e sobe,
ser que não se deixa encontrar nunca.

Até a vinda da bela PrimaVera
vou me deixando ir,
meio para trás,
meio para a frente.

O tempo decide aqui.