quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Lisboa é cidade, é aldeia,
é coração de dançar a hora em silêncio,
busca do outro em dourada naturalidade
de o veres pelo meio da tua estrada.

Lisboa é colheres de ti o que outro tem também
e receberes, enfim, o que de pouco vale tanto e tudo.

Lisboa é ser da lua e olhar o sol
como plenitude total e maresia de tempo actual.

Como se de perto o longe soubesse mais como delicioso.

Como o norte ambicionasse o sul e nisto nascesse algo que não tem nome.

Concreto o ânimo,
desperto o pensamento da distância,
logra a proximidade.

E no íntimo a saudade de sentir
isto e o passado querendo o futuro
só por um lado...

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