Pego, não pego.
E o medo da singularidade
de viajar
ser dor de cabeça de quem pensa
a fome antes da sequer sentir.
Viajar para o absoluto incógnito
ou voltar e voltar e voltar,
ao que se já conhece
e tem fruto certo mas amargo
para mim cresce...
Que medo!
Medo de estar sozinho
e não saber de caras, linguagens
e culturas nativas ao onde se está.
Cada momento ser tudo.
Cada canto um mundo.
Ai, tenho medo.
Medo de conseguir,
medo de prosseguir.
Medo de ver que não é medo
o medo que se antes sente e sabe
(finge-se saber).
Não sei o que esta vida me espera
(que a espera que a tive pode-a ter magoado).
Viajar é ter dor de ficar.
(e eu habituei-me a ficar).
Quantas voltas pode a vida dar?
Nada neste mundo é conhecido
se é desconhecido o passo em frente
singular.
Sem comentários:
Enviar um comentário