Eu não estou a ir a lado nenhum,
de alguma forma sempre acho
que sou o lado em si.
É estranho.
Como desconhecido
ando por aí,
tentando encontrar direcções
e prazeres óbvios à minha mente,
vontade.
Ocorrem-me poesias e ideias
mas a vida não ocorre tanto.
Me escondo dela, talvez.
Atrás dela há aquele espaço inviolável...
Mas, lá está,
crescer é ir perdendo aos poucos
esse espaço
e ganhando, com a perda dele,
amigos, amores,
acontecimentos, noites,
dores e dicas.
Resistência não compensa
quando fora da roda se joga.
Há que arriscar,
perder,
ganhar.
Está mais calmo por aqui
e não gosto do calmo
porque me acalma
e a calma não propõe desafio.
Nunca sei, ao certo, o que fazer.
É uma dor que começa na mente
e cai para o corpo como lava.
Madrugada à chegada
assisto a tudo ileso
e choro esse sorriso.
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