sábado, 19 de abril de 2014

Escrevo para descobrir além da força
medos.
E quando os descubro os calculo
um tanto, perfeito, para os incalcular
em maresia poética que ninguém há de achar.

Belo, feio? Que coisa mais profana
e delícia de observar.

Queres que te cuide
coisa linda?

Te cuida só
e me hás-de receber pronto,
seja firme ou conto.

Não nasci para viver,
dizem-me eus que não sei
e me pisam as mãos e os pés.

Nasceste para me viver?

Faz-te mãe de mim que
a minha nasceu-me criança,
enfim...

Tenho uma melga a querer
me picar;
quer dar sangue a seus filhos
que já perdeu há muito...

Mas mãe é mãe, não é?

Oh, mas eu sou filho;
só filho ainda que me não tenho
outro me seguindo...

Dores de emoções serem
análogas a mim.

Prazeres de não terem razão
e nenhum, qualquer fim.

Acho ela linda, gostosa,
prazer de uma noite leitosa.
Mas o dia vem e a larga de mim
ou fujo eu sua pega doce
que alcança a cima de...

Ter-me em silêncio e
entrares tu em compasso seco.

Ou não me ter,
louco de desapego,
e queimares-me tu tão
meu não enredo.

Mulher.
Coisa rara,
inalterável de seu singular ser múltiplo.

Oh mulher,
o quanto te desejo mas
me não sabes teorias,
tão só beijos...

Havia de te dizer o que sinto
quando te vejo...

Fugirias, eu sei.
Mas daí te saber teu
mais que meu.
E isso uma tristeza
que me mata, mais que
me possas fazer vivo (de) novo.

Romântico?

Nem tanto.

Quero-te minha, é só.
Mas te quero tua além disso.
E nisso tu não pactuas
pois sempre queres ser de alguém,
não é?


Guerra à sexualidade ser de dente!

Fosse de língua só
e nos tínhamos longos
com pé em frente.

Nado-te as doçuras de ser mulher
com prazer
mas me esqueces de medo, distância
e não sei quê;
E fico eu largado,
uma vez mais sozinho em leito
de denso estado,
imaginar o lado de ter
uma que me não conheça estado:
Seja (o meu) estado.

Mulher.

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