terça-feira, 8 de abril de 2014
Na sala enquanto músicos acertam uma canção, eu no meio deles sou nada, ou melhor, oiço com gosto. Pois de músico recito só o que meus dedos ditam. E eles ditam, ensinam-me a tocá-los. Mas de músico sou pouco já que me é impossível acompanhar ou ser acompanhado em concórdia. Auto-didacta teimoso da teimosia primitiva de ter nascido assim. Vício que dá e não dá de igual. Pena pesada que de delicada ser é determinante e como que fatal. Bom, voltando à música: a sessão mantém-se. Invejo os músicos, quem tem deveras linguagem dentro de sons que os ouvidos ouvem, o coração sente e a mente compreende. Salve a eles.
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