sexta-feira, 18 de abril de 2014

Não demais o demais
pois perde a graça com a repetição.

O simples basta
em prazer de se ser
e ver isso acontecer.

Concordo com o outro
pois me apetece tê-lo
de meu lado sem o ter.

Coisa de sermos muitos
- e tão variados somos!

Que aguarela mestiça 
de querer ter razão
- pesar a pena pesada
em desvirtuosismo do outro.

Nada ao fim
e tudo até lá.

Nasça o outro em mim
e nasça eu nela que me olha
e me saúda nisto essa queda,
esse voo sem dono. 

Toco mas não mexo,
Eu sinto.

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