sábado, 26 de abril de 2014

Amanhece fora de hora,
e aí o que você tem de conhecer
é o além feito desprezo sensual.

Nascer profundo
no leito de continuar,
falando nocturnas conversas.
Sem sono, sem tempo,
companhia e alento.

Corre a pestana do céu
se tornar azul
com o amarelo do sol.
Tristeza ambulante,
oh mas que tristeza ambulante!

Regras da rua suja
serem meu astral.
E pessoas cambaleantes serem
expressas formas de vida universal.

Porque é universal estar bêbado.

É universal estar tão fora de ti
que estás como estás apenas...

Guerra ao sim,
guerra ao não,
fascículos de Platão...

Também,
sempre sofre o actual.
Mas tão maneiro em sua dança
- ingénuo...

Não as gosto:
reticências;
mas me servem complexo sentimento
de chamar a cama sem que me ela chame.

Talvez se não fosse eu outra vez...

Reticências.
Merda a elas;
mas a escrita mas chamas.

Então na sombra
de ouvir pássaros - parecidos
com corvos de meu lugar -
eu calo-me ao quase não luar.

Dorme bem.

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