sábado, 11 de março de 2017
Existo criado por um pensamento,
emoção do passado.
Existo outro e o que sou aqui
é máscara desse
e esse não é humano nem físico
mas apenas pensamento.
O equilíbrio do Eu
é então essencial
para que esta alquimia
gere vida e alegria.
Se pára um,
pára o outro
e parar descarrila
a locomotiva de minha vida.
Hoje bebi uma cerveja com o mar,
o sol, as gaivotas, as pedras e rochas,
e escrevi,
escrevi ao longe donde nasci.
Escrevi as saudades dessa emoção
que me inventou poeta da vida
e recriador da realidade.
Lembrei o alto que voo se em calma e sossego,
a perfeita eloquência do pensamento
e a elegância dos gostos e prazeres
subtis que fazem de apenas existir
uma coisa sublime e não tão afastada
dos índios e dos povos "livres" do passado.
A vida não mudou,
mudou a civilização e o mundo humano.
A Natureza é sempre igual a si mesma,
sempre redonda e correcta.
Agora, afastado que estou do mar e da paz dos subúrbios
relembro que abomino a civilização.
Apenas amo o meu mundo
a minha calma e destreza mental.
Viver comigo é um prazer e um esforço,
é uma honra e um dever.
Ser protagonista do meu sonho
é o real trabalho desta vida.
Ser realizador desta toda vida mortal.
Ver os outros a ir e vir
e só tu a ficar
e olhar.
Viver infinitamente
esta coisa finita.
O dom dos sonhos
e o amor próprio essencial
para estar de bem com a vida
e perpétua-la por aí,
sendo somente veículo dela.
A arte de viver
é saber dar tempo ao tempo
e carregar para a frente sempre.
Se em sombras estás
olha o sol de frente
e caminha por lá.
Hás de lá chegar novamente.
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