Não sou amigo de mim mesmo,
descubro isso agora.
Se não trabalho o suficiente mato-me por dentro.
Não há maior inimigo que eu mesmo.
Saboto-me constantemente.
E se não me prezo ao desafio incessante
a vida torna-se uma calmaria pantanosa,
cheia de um cheiro mau e mosquitos que picam.
Não sou um bom amigo se me falho.
Dentro deste antro só sobrevive o mais forte.
Tudo o que não persiste deve morrer e
fortificar o que resiste a querer crescer.
A ordem da vida é essa, afinal.
Dentro dessa disciplina essencial
existe finalmente a harmonia.
Sou extremo em tudo.
Vou ao limite de tudo.
Depois continuo.
(é por isso que me não é fácil partilhar a vida)
Sem comentários:
Enviar um comentário