terça-feira, 8 de novembro de 2016

...a inocência meu filho
é o pai de Deus.



Quem na inocência consegue vislumbrar a vida,
o mundo e o tempo, e neles se deslumbrar,
não tem inimigos nem frente
pois que frente há à abertura total e sincera?


meu coração é uma sombra
mas nesta sombra vejo eu luz


dá-me o mau que dele dir-te-ei o bem
e dá-me o bem que dele te evidenciarei o mal que dele vem

Vida um mistério
e no cerne dele pareço ter de ficar, ser
e identificar.

Para mim e, porque não, para os outros...

Pois já que dom tenho de escrever
- e me aquece o entardecer da alma -
tenho que por aí me fazer ser:
seja em escrita seja em físico.

A alma que acredita tem de continuar assim.

A crer e a ditar por palavras ou ar
- sendo o fim de si mesma -
em tom de quem nasceu para dançar
a amargura da vida em sorriso de criança.

nada o que me possa alguma vez matar
senão a morte física deste corpo
que o além dele já vivi mais que demais vidas

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