domingo, 27 de novembro de 2016

Nunca Medo

Nunca medo.

Sente o que sentes até ao fim para ir e voltar
e se evaporar pela existência de teres dois pés e caminhares.

Nunca medo.

Nunca medo e principalmente na face do maior medo
deixá-lo ser tu por um momento absolutamente
para se depois ir e evaporar e tu,
exactamente tu,
existente puro e cru,
nascido novamente.

Nunca reprimir ou conter na mente
mas deixar ir e vir absolutamente.

Que a coisa mais bela que há
é ver que depois de tanto pesadelo
o pesadelo ser, afinal, o reprimir, resistir
e conter o medo.

Não dar importância ao medo,
deixá-lo passar e perder-se por falta de atenção.

O universo conhece o medo?

O universo sempre se expande...

E o maior medo é o medo do medo!

Medo é superficial
à única real razão dele:
a morte.

Conhece-te o fim
e começa-te sim.

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