Ontem à noite fui à lagoa do Rio de Janeiro, e que lagoa essa! Gigante, a dar para todo o lado, cercada por morros altíssimos e o cristo lá sempre, de braços esticados para o horizonte. Dá para ver Ipanema de trás, o morro à frente de Copacabana, Leblon lá no fundo, a Rocinha, o Vidigal, Jardim Botânico e o Humaitá. Tanto bairro e urbanização aqui no Rio, tanta, tanta gente! De fora, não se pode crer na grandeza desta cidade e da incrível fusão entre a metrópole civilizacional e a fenomenal e brilhante Natureza que a cerca. Há capivaras no Rio de Janeiro, capivaras! O maior roedor do mundo. Pensava que só as havia lá para a Amazónia, Minas Gerais etc. A lagoa é mágica. Quanto mais passeio por esta cidade menos a compreendo. Creio que é coisa exuberante demais para um europeu. Cada bairro com o seu estilo mas a Natureza presente faz do barulho e constante movimento uma coisa alienígena, sempre. Não dá para habituar tanta diferença e realidade. Assim há o excesso, os excessos da humanidade em tal choque de beleza contraída pela tensão civilizacional. Os primeiros a verem esta baía... Que sensação. Não falo dos índios que já cá viviam mas dos barbudos que os vieram sacanear. Agora o índio está em manifestações com o mesmo homem que um dia os abusou. Está em anúncios de cerveja na televisão... Está aí, como um de nós. Gira a oferta e demanda do mundo global e quem sofre não tem cor nem religião. É o pobre, é aquele que precisa de sair para beber e comer, lutar enfim.
A seguir há show "Quinta dos Infernos" no bar Bambina, aqui perto. Show organizado pelo Fernando e onde ele toca teclado, largado. Por hoje fico-me por aqui pois demais nada tenho a dizer que acrescente.
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