quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Tenho pena dos ricos.

Nas suas poltronas de individualidade
regem-se tão além do que é e pode ser real.

São vítimas de sua própria cabeça e estrato social
nunca vislumbrando a real sabedoria da pobreza e
até desgraça impessoal, isto é, de outro lhes desimportante.

São cansados da vida e ávidos dela
porque nunca lhes põem os pés nus,
antes os calçam com algo caro e - consta - bonito,
só depois pisando ela com todo o ego em defesa.

São pobres os ricos.

E, poderão dizer que isso é coisa de mártir,
religioso, socialista e tal
mas sempre senti isto em vida passada,
seja na rua de noite (ou dia),
seja no trabalho me concedendo
a possibilidade de ver tanto o rico como o pobre
agindo ou não.

O pobre, por mais que sofrido e humilde,
sempre carrega tocha humana e,
como que, "não sozinho".

O rico parece tão mais sozinho...

Vivendo numa espiral de preconcepções dos outros
virando o eu a inimigo de si mesmo.

Tristes criaturas...

E o curioso,
é que este mundo idiota e decadente,
está a fazer de nós todos
pretensos seres candidatos a esse posto.

Infelizes criaturas humanas
que se lavam em fezes de outras menos humanas
- mas mais ricas - e nisto se vive um snobismo fétido
em toda a sociedade.

A politica é economia no dia de hoje,
já viste?

A Democracia é a mão habilidosa do neo-liberalismo
por todo esse mundo "civilizado".

E não o sendo ainda
se quer espalhar essa tão formidável "civilização"
ajudando os "desgraçados" que ainda vivem na barbárie.

Triste mundo do dinheiro e dos ricos
e discípulos disso...

Vivei na sua cabeça só
e nunca vislumbrarás tu o mundo.

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