Concorrer à loucura da vida para poder
além barreira prescrever a sabedoria do nada
compreendendo tudo.
Existo na escrita
tudo o resto é loucura.
Se o meu antro mental
está impecavelmente limpo
eu chego a ser infinito,
impenetrável, inquebrável
porque, na verdade, não existo
antes me escrevo existência
querendo absorver tudo
como sabedoria do viver.
E estando a viver
tudo é analisado e sentido
com fim no infinito,
isto é, absolutamente.
Assim o poeta vive em harmonia
com o cosmos
e concorre à vida como um objecto
quase exterior,
como de uma competição se tratasse:
quem anda mais rápido,
a vida ou tu?
Inventa-te superior
e faz de teus medos e vertigens
sabedorias e luzes
para que te ensines livre
e talvez ajudes os outros
a sê-lo também.
Tens essa obrigação como ente
deste e de todos os outros mundos.
Universa-te.
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