terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Sou todo dissimulação.
(para ser verdadeiramente sincero - comigo)

Tudo em mim é um jogo de sentidos e personalidades.

Pois, demais sensível,
quero absorver tudo
e como só um é possível
imagino muitos
conhecidos e desconhecidos:
a perspicácia absoluta da perspectiva "sensasorial" da vida.

Agora, ser feliz e ser efectivamente, talvez não seja
pois me invento a cada segundo sentimento e compreensão.

Analiticamente me vivo
e o que sinto
sinto imensamente
mas com o espaço seguro
da imaginação.

E querendo viver,
viver mesmo,
é difícil
pois se não mexe a mente
tem de mexer o real.

Tem de sempre algo mexer
e ser infinito.

O outro lado pode estar quietinho
mas algum tem de estar livre
absolutamente
para eu me tolerar existência.

(se nada mexe
então me prendo num qualquer medo
e faço-o crescer ao maior pesadelo.
daí sei que meu sonho nada mais é
que a fuga à vida, fuga à morte,
fuga à certeza de estar vivo e não
tão certamente o compreender:
há que te entreter...)

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