Tanto que do mundo
respiro segundo transpirado
enquanto sinto tudo de tanta maneira
que tenho de esquecer maneiras
e movimentos e inventar o que fazer
para não enlouquecer.
O longe o perto
caminhos de magnetismo essencial
à noção de pertença, família e crença.
Maltrapilho disto que vivo
e ser ela, a cabeça, que sempre,
sempre pensa e quer e diz
enquanto em silêncio medito,
medito os outros, a realidade,
a vida.
Porque ser daqui
faz-me observar tudo ao milímetro
e de tão perto a lupa queima com o sol.
Tentar fugir e saber voltar
como quem viveu e aprendeu
espaços de um outro lugar.
Do não saber o que busco
sempre encontro o conhecido desconhecido
mas agora são outras coisas que preciso.
Vem à costa ó garrafa com papel escrito dentro,
quero-te ler.
Sem comentários:
Enviar um comentário