terça-feira, 10 de junho de 2014

Tanto que do mundo
respiro segundo transpirado
enquanto sinto tudo de tanta maneira
que tenho de esquecer maneiras
e movimentos e inventar o que fazer
para não enlouquecer.

O longe o perto
caminhos de magnetismo essencial
à noção de pertença, família e crença.

Maltrapilho disto que vivo
e ser ela, a cabeça, que sempre,
sempre pensa e quer e diz
enquanto em silêncio medito,
medito os outros, a realidade,
a vida.

Porque ser daqui
faz-me observar tudo ao milímetro
e de tão perto a lupa queima com o sol.

Tentar fugir e saber voltar
como quem viveu e aprendeu
espaços de um outro lugar.

Do não saber o que busco
sempre encontro o conhecido desconhecido
mas agora são outras coisas que preciso.

Vem à costa ó garrafa com papel escrito dentro,
quero-te ler.

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