segunda-feira, 14 de julho de 2014

Tudo começa de algum lado. O fazer o chegado, partir antes da partida saber.
Tudo começa por algum lado. Amanhã, tão longe, prefere-se o ontem que atinge
e é como se aqui estivesse, porque há memória, lembranças - material para improvisar.
Fui à rua e vi mais do que queria. Agora daí vêm-me à beira mas a timidez esconde-me
ou arrogante afasta sorrisos e possíveis abraços. Solicitam-me a pessoa mas sabem lá
que essa pessoa não existe, apenas ideia a existência como flor de nobreza e imortal.
Então sento o traseiro e alieno o espírito por força da tecnologia, o ecrã mágico que adia
a vida e substitua por algo meramente mental, quase. A viagem me não pega. Durmo a
vida em pleno sossego de não poder descansar mas parecer descansado sempre. A inspiração
não vem porque não precisa... Mas precisaria dela se não tivesse possibilidade de futuro breve.

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