segunda-feira, 28 de julho de 2014

Não sou nada,
antes reajo a tudo o que sinto à volta.

Se me sento em Lisboa
mais não sinto
que a dança de minha mente
com a história desta cidade.

Se caminho num destino desconhecido
colecciono caras de desconhecidos
e culturas novas, em meu proveito
- proveito da escrita e crescimento.

O que sou portanto é desconhecido.

Creio que só sinto
e viver, mais que prazer,
é como que um dever
que sei ter (de ter).

Mas agora te digo,
meu irmão, estou cansado,
e raramente disto me sou sincero
e admito.

Estou cansado de ter de viver
à porrada com o meu ser.

Tão delicado sentir
só encontra par
no tal obscuro mistério da morte.

Mas que coisa essa de fugir da vida tanto
que só ela me seduz...

Estou cansado meu amigo,
acordei tarde hoje.

Espero o amanhã
na promessa de me oferecer destino novo.
Que este em que me encontro
já não encontra nada, ao que parece.

Então até amanhã te digo
e espero que não estejas
com esta mesma pressa
que me cansa antes mais que tudo.

Sem comentários:

Enviar um comentário