quinta-feira, 17 de julho de 2014

Por de lado da preguiça
está a vontade.
Ela já bateu à porta
mas se esqueceu numa ida
cancelada por estupidez.

Na conquista
o ganho
mas o ganho sabe lá
do que eu soube sentir
até lá chegar!

Pois isto de escrever
é coisa de uma vulnerabilidade
absoluta
que esquece a vida
porque pode,
porque a tão simplesmente
recria com tranquilidade.

Uma bomba ou um murro,
uma porta fechada com força,
algo de violento por favor.

Pois a coisa de ser todos os dias
o mesmo e nessa inércia
desaparecer existência
é falácia demais.

Mas o que penso e sonho
é sempre o impossível.
O possível - o perfeitamente possível -
parece-me impossível.

São outras forças que requerem exercício.
Forças essas que não conheço
e tão perfeitamente sou,
como que, um iniciante amador.

É que se for
gostaria de, ao menos, um lenço branco ao ar
ver da distância percorrida
no afasto desta estranha missão:
de querer o perto e não o conseguir,
tê-lo só de longe como um aperto
que gera e cria, sorri e chora,
é.

 Olá adeus.

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