De lado ao caro de boa pinta
mas ficar olhando prostrado.
De esquecer um pouco
o adoecer muito ao ver perder
quem ganha e perder isso também.
De ter de tudo caminho
idiota destino de deuses
que sonham pela física quântica da intuição individual.
De não ter nada
e querer o nada
e ser o nada - morrer disso cheio!
De não saber
porque saber o que não querer saber
porque ainda não sabe
visto que é novo cada caminho
cada instante.
De falar demais e nisto esquecer
efectivamente o que fazer
(fala tem poder além da comunicação
e tendemos a disto nos esquecer)...
De silêncio a mais
ando pela via dos mortais
dores incomensuráveis gritam dentro
só por não virem para fora um pouco.
De querer e crer e ser um pouco de tudo
e nisto acabar com muito de nada
coisas intimas que não são
coisas supérfluas que guardam a maior razão!
De mostrar gentilezas excessivas
para esconder uma absoluta brutalidade,
como que, espiritual.
De dizer tudo isto
mentindo tudo isto falando verdades que não sabia
antes disto escrever
(estou agora a descobrir)!
De ser assim que vivo a vida
morro aos poucos o sonho
para que nasça noutros e noutras
coisas.
Sem comentários:
Enviar um comentário