De tempo ao chão
olho e colho
o que cai,
o que não é visto,
o que sobra.
E disso faço coisas
de olhar,
coisas de ver, observar.
É do pouco que nasce
aquilo que somos.
Tempo a tempo
memórias de espaço
e reentrâncias de consciência
nos lembram sonhos a ser
ainda.
Me lembra a cana
que de canivete fiz uma lança
em pequeno.
Teu olhar na esquina a me ver.
Fui de dentro para fora
e não há mais dentro não.
Haverá e será
não mais sozinho
mas em concordância de crescer
e ver isso ser lindo por mais que um.
Estou com tempo
é só.
Cadê o espaço?
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