quinta-feira, 3 de julho de 2014

De tempo ao chão
olho e colho
o que cai,
o que não é visto,
o que sobra.
E disso faço coisas
de olhar,
coisas de ver, observar.

É do pouco que nasce
aquilo que somos.

Tempo a tempo
memórias de espaço
e reentrâncias de consciência
nos lembram sonhos a ser
ainda.

Me lembra a cana
que de canivete fiz uma lança
em pequeno.

Teu olhar na esquina a me ver.

Fui de dentro para fora
e não há mais dentro não.

Haverá e será
não mais sozinho
mas em concordância de crescer
e ver isso ser lindo por mais que um. 

Estou com tempo
é só.

Cadê o espaço?

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