Dentro do chapéu de mágico
a alegoria de ter sonhos mais vivos
que a vida que carrego.
No bolso direito a força
e no esquerdo a paciência.
Fora disto aquela realidade
que turva se não se dá a ela
esperança.
Mexer encantos desprotegidos
que ninguém mexe por não saber
vê-los donde está.
Olhar é bonito
e ser, mais que tudo, é arte.
Arte do viver
como dança de prazer
ou elegância primordial
que adia o gozo e a festa
para que lá, depois da colina,
seja por todos mais sentida.
Porque nem tudo só
e no segredo da lâmpada neurológica
nascem sonhos que têm de ser partilhados.
Amanhã meu ontem
- porque o já senti -
mas isso, também, já esqueci.
Esquecer quase tudo
para prestar serviço ao momento,
perfeito instante de sentimento.
Nas voltas
arrumar umas cadeiras, mesas
e louças
para que no fim,
sentindo novos ventos,
ir e deixar essa toda tralha
para quem não tem lugar.
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