quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Onde está a violência?
Onde está a vontade imensa de rebentar barreiras
e todas elas usar como armas para desbravar novo e real caminho?
Onde está a visão plena da morte
que me dava asas para sobrevoar
e olhar de cima este mundo de merda que oprime?
Onde está aquela elegância que só com
absoluta violência dentro se consegue?

Eu não ajo
eu sou.

Eu não faço
mas olho
e isso devia bastar
para afastar o que não quero.

Aberto ao mundo,
furado à intransigência dos outros,
a vulnerabilidade de ter amado
e sozinho agora ser olhado.

Não gosto destas fraquezas.

E o ridículo
é que é tudo fruto de minha cabeça.

Se não está entretida,
essa minha cabeça que tão bem cria,
ela me atormenta até não poder mais,
com pensamento que sei eu tão bem não serem reais
mas ela os faz reais...

Não é fácil ser só
e não é fácil viver criando.

Imagino o inferno
quando não estou a criar o céu.

Há que sempre inventar o amanhã.

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