Por de manhã começo a sonhar coisa de outro lado.
Viro a cara a isto
ao que o sonho
se renuncia a seguir
seguindo-me a mim.
De mão com ele
pareço não sentir
pena da solidão
mas quando me elevo à pretensão
logo cai o véu
e vejo plateia nua, vazia.
Aí solidão, mais que possível,
mas lembro rápida, e sensatamente,
que "isto" coisas de uma alma leve,
sensível ao ponto de levitar.
Então pesos e pregos assisto em ter,
manter.
Soltando aos poucos o dever,
deixo-me levar por quem me colhe
e colho eu
- sendo feliz com simplicidade,
humilde idade de ainda estar a crescer.
Cresce o velho à criança que julgou ser,
deveria ter sido.
Ao encontro
recordo desencontro
- o que falhou nele para me agora não desencontrar.
Que grande medo é esse
o de apenas "estar".
Olá.
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