domingo, 28 de setembro de 2014

Por de baixo do laço solto da camisa
me dança a cama de eu a ela.

E na pequena saída
me lanço de alto cheiro,
tresandar a sexo!

Fogo à alma e choro de criança na esquina,
cantigas de amigo na avenida!

Mexem-me as pernas
o som das escadas dela,
saltos altos e mais.

Parafusos na cabeça
e tremenda a doença da carência
construir catedrais em honra de sei lá quem!

São urros e porrada,
suor e sangue na calçada.

Cavalos se agitam os homens
e as mulheres assistem
descansadas o cigarro na boca,
olhos de lua meia.

"Faz favor não sair daqui menino" -
faz favor que sim.

Dei o braço à Oliveira
e deixei o abraço por dar a quem venha.

São lados jogados ao centro
e chãos de céu que havistam mar.

São palavras que tenho para cantar,
saber ouvir -
discernimento do Ir!

Corre as pegadas da sombra
que acha as achas de luz,
fogueira de outrora,
sol de amanhã - por agora.

Mexe-te filho pai
que a mãe abre-se!

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