quarta-feira, 24 de setembro de 2014

É incrível o nervoso que fico com a mudança.
Prestes a me desafiar numa ida ao cinema
e todo o meu corpo se mexe em discordância plena.
Nem vou pelo filme - pois nenhum de qualidade sensata -
mas pelo desafio óbvio que me dilacera a tão querida estabilidade.
Gasto ao cão das sombras, alargo-me. E "largado" me socorre o mundo?
Não creio, socorro-me eu também. Ver de estado além, enquanto aqui perdido
no desígnio de ser eu e pronto. Mas a mais quero dos outros, ser dos outros,
ser outros e no final apenas um, vida singular que grite plural.
Bom, há que ir, mesmo - e principalmente - à mais ridícula coisa que nos mete medo.
Não vou ao cinema há tanto!
Vou hoje porque é promoção coincidente ao meu dia de folga então.
Não sou rico!
Paga parte a minha operadora de telemóvel que me rouba enquanto pode.
Mas isso detalhes...
Vou ao cinema e já volto!

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