Eu passei por ela e ela me riu.
Passei por ela e ela me viu.
Passei por ela...
Passei por ela?
Passei por ela.
Ela passou por mim e eu a sorri.
Passou por mim e eu a vi.
Passou por mim...
Passou por mim?
Passou por mim.
O perfume sim!
O quanto hoje me deslumbro
com perfume de mulher.
Principalmente aquele
distraído, como não evidente:
champô ou amaciador,
creme para a pele...
Coisas de mulher.
Tanto aprecio que prefiro
estar longe e sentir de perto,
enredo perdido pela imaginação.
Mas tocar deveras a razão!
Lábios e vozes
- Olhos(!) -
língua e molhado...
Ah coisas que são demais
para vidas meticulosas
expressas em memórias e
em perigo de perder o que custa
o custo de viver.
Demais emoção.
Reter para criar
não deslumbra o corpo
nem seu andar por aí
ao gosto de quem vê e ri.
Mas há tempo,
tempo para tudo como o meu avô,
que já morreu, dizia.
Ver essas nádegas por aí perdidas,
dançarem odes à vida sem serem introduzidas
ao espaço e tempo de olhar sem ser visto.
Coisa de homem que sabe de mulher...
Pretensão deveras.
Coisa que me guarda e adia a vida.
Eu sei,
sei eu.
Palavras são perdidas
se não relatam o que o dia,
ou a noite, deu.
É só que há tantas
e tantas coisas que nelas encantam
e chamam e lembram e surpreendem.
Um mundo no inicio do toque.
Um mundo além do meu,
além desta imaginação que doeu.
Porque já não dói...
Amanhã há mais.
Sem comentários:
Enviar um comentário