domingo, 14 de setembro de 2014

Eu passei por ela e ela me riu.
Passei por ela e ela me viu.
Passei por ela...
Passei por ela?
Passei por ela.

Ela passou por mim e eu a sorri.
Passou por mim e eu a vi.
Passou por mim...
Passou por mim?
Passou por mim.

O perfume sim!

O quanto hoje me deslumbro
com perfume de mulher.

Principalmente aquele
distraído, como não evidente:
champô ou amaciador, 
creme para a pele...
Coisas de mulher.

Tanto aprecio que prefiro
estar longe e sentir de perto,
enredo perdido pela imaginação.

Mas tocar deveras a razão!

Lábios e vozes
- Olhos(!) -
língua e molhado...

Ah coisas que são demais
para vidas meticulosas
expressas em memórias e
em perigo de perder o que custa
o custo de viver.

Demais emoção.
Reter para criar
não deslumbra o corpo
nem seu andar por aí
ao gosto de quem vê e ri.

Mas há tempo,
tempo para tudo como o meu avô,
que já morreu, dizia.

Ver essas nádegas por aí perdidas,
dançarem odes à vida sem serem introduzidas
ao espaço e tempo de olhar sem ser visto.
Coisa de homem que sabe de mulher...

Pretensão deveras.
Coisa que me guarda e adia a vida.

Eu sei,
sei eu.

Palavras são perdidas
se não relatam o que o dia,
ou a noite, deu.

É só que há tantas
e tantas coisas que nelas encantam
e chamam e lembram e surpreendem.

Um mundo no inicio do toque.
Um mundo além do meu,
além desta imaginação que doeu.

Porque já não dói...

Amanhã há mais.

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