Não sei que noite dentro me lembra aquela
mas dia corre e sou dela,
novamente.
Vem de frente, comigo a ir de costas,
e não colhe quem pudesse, colho eu sem querer.
Quem olha sempre sorri
e espantalho aceso que colhi
não ri por mim
- rio por dentro.
Não de mais ser cristalino, puro.
O tempo é quem manda
e quem sou é ele que dita.
Veio um erro ter comigo.
Não o soube,
julguei fantasmas meus
mas eram e são reais.
Sou de mente que mente tanto
que o perigo não acciona demais o racional.
(Ou não.)
Colhe a flor do jardim
para a morrer na calçada,
enquanto anda e olha,
enquanto vive a vida com distância.
Tudo é maresia,
tudo parece mentira
quando o certo estava
tão certo...
Mas os dias passam,
as noites pesam ou voam
e os outros continuam sua jornada.
Vem comigo
ou vai contigo
e levemo-nos junto
o que sabemos.
São mistérios dos demónios sorridentes
e "malandrecos".
Oiço a tosse.
Tosse essa não minha
mas de quem deixou de colher
e se colheu a si mesmo a morte.
Oh, sair daqui.
Pois bem,
que seja ali.
Seja o que deus quiser.
(esse deus que faz de mim
uma ratoeira que já chateia).
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