A flora bruma preta agora
que do nervosismo nasce
centenas de mosquitos hirtos,
mendigando medos que não têm dedos
mas só olhos que vêem,
vêem e nada dizem.
Que na antecipação
sofre o anterior à máscara
e de máscara não mascára mais sua máscara:
vê-se perdido de estar afinal tão certo,
tão certo de estar a viver.
Viver não é certeza ó animal!
Que animal é o que és tu
e sê-lo em cortesia civilizacional
é de uma elegância tal
que todo o mundo jubila
de tua alienação.
Ri de quem te ria
pois assistem a tua mágoa
- de não saber -
quando o que eles queriam era ser,
ser assim,
assim como tu te estás a não ver.
Qual de medos avançados
não dança loura e crua a verdade
de sem saber descobrir o que há de ser.
Pois sendo se não repara
e só a hora do embate, partida despedida,
logra a cara dessa alma
vivida.
Mas ter está para ser
como É afinal.
E o que É,
de tão raro ser,
fica para ser por esquecer
e perder - lembrar a perda com orgulho
e segredo de individualidade bruta
mas não acariciada por vida outra.
(Falo em metástases para o "outro" entender.)
Fica escuro quando a luz nova está por perto a vir
e recorre o vendaval da vida ser absolutamente imprevisível.
Deixa o medo ser quem é
que o tempo mostra à vida
o que nele se esconde demais.
Só brisa...
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