quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Fogo ao chão,
meu cão de sombra lembra uma noite escura e fria.

E tu, no longe,
és quem eu acredito.

Acredito nunca mais ver
- e por isso creio bem...

Foi ali,
ali ao pé
que me torci o pé.

Morri cedo e acordei,
sem chão onde temer,
sem vista que assistisse vertigens.

É tudo um lago.

E quando o lago seca
vem a chuva
ou há quem abra riacho de um rio.

Tornar-se rio então.

E quando esse for
(e ele vai)
encontrar o mar,
o oceano;
Ser do azul sereno entre terra e o céu
- o lado que colhe tudo afinal.

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