segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Vejo a vida chamar
aqueles que me perto
estão longe.

Vejo a vida dizer coisas
sem entardecer caminho outro
que horizontou tais precipícios catastróficos...


Parece que só mesmo a vida.

É, só mesmo a vida.

Pois, por mais que se queira saber
- para não perder - quem mete o pé
é quem sente, e mais do que saber,
vive a vida.

E a arte é tão enganadora...
(Não é não!)

Schhhh, cala-te!


Sabe lá da vida
o que de imaginação colhe direcções.

Só uma há.
Aquela que de individuo se torna una
com o todo de ele se expressar e ser.

Sofrer?

Que delícia!

Sem sofrimento jamais há decisão
ou contemplação
- regozijo dos Deuses sentida
por esta pobre pessoa.

Mais do que saber
há tocar, chamar, sentir,
envergonhar o de nós antes
que o depois é que é amanhã.

Fora os passos
a decisão que faz de passos
idiomas, ritmo e cantigas de amigo.

Pois viver rege-se humilde,
cuidadoso,
como que sensual.

Tempo do descobrimento
enaltece passado quente
em chamas de nenhum prazer
- e no entanto Tanto o haver!

É olhar ao lado e ver com outros olhos.

É ter perspectiva
sem mais demais perspectivas.

É andar.

Ai, tão somente andar!

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