sábado, 11 de outubro de 2014

Gosto do Outono.

Dá espaço à vida
 - vida essa que tenho dentro de mim.

O Verão é soltar
que, demais sentir, viver é uma extrema necessidade.

Mas esta, de tão efervescente,
não soletra as cores de meu ser.

Outono, mais calmo:
mais de contemplar,
agir só se bem sentida vontade de dar.

Correm as vestes,
casaco e meias,
botas para a chuva talvez.

Mais quente esse frio afinal.
Nasce o quente de nós,
coisa mais quente que o quente do sol actual.

É ter sol cá dentro.

Coisa que não ilumina mas descansa a atenção,
descontrai o afecto a ser coerente e não fugidio.

Certo é viver momento como final.

Então sim, gosto do Outono
como há tempos gostava do Verão.

Mas passando, há outro.
E tão bom que é um novo
- de sempre -
ao tempo ser o tesouro de quem nos guarda em silêncio...

Amanhã, Ontem e Hoje
são coisas de agora,
são coisas de sempre.

Falo ser do momento.

Sem comentários:

Enviar um comentário