Oh, o céu nublado me encontra fechado em casa
vendo filme, espreitando a vida pelo canto
deixando crescer tempo
espremer o sentimento.
Depois da comida
há uma, duas cervejas de rua
e cheio, vazio (o que interessa?)
há amanhã e afins de fim que não há ainda aqui.
Porventura me desleixo
acredito no fecho e não na abertura
mas voz que me sai atrai e retrai;
lembra o outro, lembra-o de mim
que esqueci (sim?).
Momentos agora
dia de folga
e a esperança em algo
que de delicado mete angústia no molho.
Não assim choro
pois demais habituado acordo ao lado do que sinto
interpretando(-o).
E entram-me olhos pelos olhos,
afectos feito raios pelo coração a dentro,
como se tudo, de alguma forma, importante,
ridiculamente visceral.
Não ter o que fazer...
Só pode ser.
Ontem havia caminho sem dele saber;
era só fim, fazendo meio.
Hoje o fim sou eu e o meio me há de querer,
e quer e quer...
Gaivota no meio dos pombos,
gato a olhar.
O cego os ouve
só.
Há mar.
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