terça-feira, 4 de julho de 2017

Onde está o meu anarquismo?
Onde está o meu potencial ser?
Onde está esse ser que com forças do vento
limei à aventura da vida viver?
Onde estou eu?
Porra que nem me encontro,
sei tão bem e pronto de mim
que tudo de confusão que possa acontecer
no mundo nada é à minha realização de além
de mim ser afinal "eu".
Concluo que em tempos de desorientação
tu és todos os teus medos e nada de ti,
és o oposto de ti, na verdade.
És algo que foge à tua verdade
e verdade só há uma,
é singular, e fantástica como tu teres
nascido da morte e voltares a ela
sabendo-a!
O que amo é o instincto misturado
com o racional, misturado com a intuição!
Sem isto és pior que animal.
Vives protegendo-te de teus medos,
vives adiando a confrontação
com o teu eu
que afinal se despachava numa coisa
bem menos dramática
do que aquilo que agora se tornou tua vida.
Aceita o ralo onde te quedas,
dele faz ritmo donde dele te ergas.
A alma sozinha sabe disto tudo
e conhece absoluto.
Ama a vida além das possibilidades,
reconhecendo-te a ti Só.
Ama a vida e deixa tudo para trás
que em tempo te há de amar em frente,
seguro, presente.
Escreve e sê.
Só.

Sem comentários:

Enviar um comentário