terça-feira, 4 de julho de 2017

Adoro a autoridade que uma pessoa tem sozinha.
Qualquer acto ou maneira de olhar é singular
e não necessariamente consequente.
Qualquer pessoa nota, a seu tempo,
essa singularidade de momento,
sendo que o que é sentido é apenas ali
manifestado, dentro,
não mandando ao ar,
pelo social, pelo gasto físico,
apenas dança mental.
Há qualquer coisa de singular
no acto de estar sozinho
que me encanta mais que tudo nesta vida.
A tangencia à angústia da solidão
e a presença física no acto social:
esse paradoxo faz desse momento
uma coisa poética,
uma coisa prenhe de significado,
momento, compreensão.  

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