terça-feira, 13 de junho de 2017

Quando começa, começa devagar
e toda a vida se encontra consigo mesma.

A morte é inventada para encontrar a vida
na palma da mão, no centro da cabeça,
em forma de alma o espírito caminha.

E, de repente, a chama chama a si a vida esquecida,
lembrando sempre e nunca,
fazendo fantasia destes laços materiais.

Encontro o chão a levantar-se,
a correr-me a vida à chegada dela,
ao caminho perdido por esquecimento
e angústia.

A vida nova assemelha-se a nada
e tudo o que pensas ser
é uma máscara incógnita.

Lembrar o sangue que te dá vida
poder, também, te inventar sereno
e capaz de criar mais que demais viver.

E nos bastidores disto tudo
vive um homem perdido
no seu casulo,
chorando sua queda
por insulto a si mesmo,
por trevas inventar quando a vida falha,
só um pouquinho...

Nos bastidores um
que se julgou deus em dias
e se verga agora a menor que formiga
- pois as exigências de deus são maiores
que a própria sombra da vida.

Inventar cortesias à alma,
inventar fuga e esquecer tudo isto,
reconhecer presente nu e novo
e saber dele fazer coisas mil.

Ser quem se é em ideia
e sentimento,
emoção e vontade.

Ser mais que um,
ser quem se não reconhece
nem sequer em si mesmo material
mas no mundo infinito da consciência
que nem sequer concebe barreiras e "nãos".

A vida diz sim,
a vida diz sim meu amigo.

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