quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Há alturas que se perde aquela capacidade de ver claramente
o que se quer e não quer,
o que se gosta e não gosta,
por onde se quer e não ir.

São alturas essas que pedem mudança.

Seja física ou mental
exacerbar o sangue ao real.

Que a mente é o veículo do espírito,
sem dúvida,
mas se a mente não encontra calma
o espírito desaparece
e com ele toda a noção de caminho,
identidade e vontade.

Há que aprender a mudar
e que coisa mais horrível
quando nos sentimos óptimos
mas há sempre algo que aflige
a mente, o coração e toda essa organização.

Mudar então.


Gostaria de fugir daqui mas nem dinheiro tenho para aqui viver
e gostaria de fugir com a mente mas ela não está de maneira nenhuma assente
para que possa criar tranquilamente.

Então só a mudança.

Chora a despedida do que se foi
para se ser novamente o que se é
mas com outro novo veículo de descoberta.

(O mesmo outro.)

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