quinta-feira, 2 de abril de 2015

Acordei destruído por uma noite longa,
forçada pela cerveja e acelerada pelo rum.

Música ao vivo e corpos suados dançando
enquanto eu, fumando e bebendo sentado,
observava tudo isto, pensando além também.

Pois eu não danço.

Dança, porventura, a todo o momento,
a minha cabeça
onde nela gira imaginação crua e linda.

Há cuidados a ter...

Esqueço de dizer,
cumprimentar,
pedir perdão por esquecer
e depois lembrar o tal esquecimento.

É que sou sincero
e a sinceridade morre só:
porque é perfeita,
porque é verdade(ira).

Então, invés de falar com ela
- por dígitos e tecnologia -
escolhi, por cansaço e preguiça,
antes ver um documentário,
por meu irmão sugerido.

Não sigo, levianamente, sugestões
mas segui esta
e é a meio desse mesmo documentário
que agora escrevo estas coisas.

A longitude do longe...

E o perto que é viver o presente
a todo o gás e folgo de ordem diurna
- coisa me tão estranha há tanto tempo.

Pois eu sou mais nocturno.
(...ou fui até hoje.)

Tudo muda.
E é neste propósito que me entrelaço na vida
de peito aberto e mente sã e serena.

Escolho o ao lado do hábito e da segurança.
Escolho o além do conforto do passado
para reger novo futuro,
torcendo presente e ser torcido por ele
- ver no que dá.

Assim a vida se faz com calma
e uma certa alegria.

O desafio é o grito da criança
que o adulto e o crescer
deve ouvir e reconhecer.

Não a loucura
- que a já até fui por excelência -
mas o desconforto premeditado
por iniciativa própria.

Assim o grande professor sempre a Vida e o Eu nela.

Viver é aprender a respeitar o tropeçar
e nisto andar e mais andar.

Com a calma do leão,
a prudência do elefante
e a agilidade da chita
a vida vai e vem
e eu com ela.

Dorme bem.
 

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