domingo, 12 de abril de 2015

Enquanto o sono
fome ao alto
de o erguer sujo
por pleno prazer de viver.

Ser nato:
capaz de enganar o sábio
à incerteza antiga de bebé.

Aquela cara séria
que mostra sorriso
só a quem vê.

Capaz de tanto
e dado a tudo
que por quanto de caminho
logra ao segundo a eternidade.

Presente passado
nas vestes de prejuízo,
ter encontrado destino
tão prensado antes já
- já em sonho ó Zé!

Tudo calçada e horizonte,
tudo rio de encontro ao mar,
tudo fome seguida de alimento
e redonda a resposta à mesma pergunta
não ser,
sei lá.

Que venha a pompa
ou a pomba.

Que venha seja o que for
que o futuro der.

Por entre o silêncio
jaz o absoluto barulho da vida
que é imperial
e que manda.

Meter a perna à frente da direita
e seguir a cabeça o grito do coração.

Fogo à água
e saber navegar.

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