sexta-feira, 17 de abril de 2015

Não sei o que faço.

Para mim a vida é o a qualquer momento,
qualquer olhar e sentimento,
qualquer estadia,
qualquer descobrimento.

Tudo de além,
que não sinto perfeito aqui,
é como se não existisse.

Daí racional entra
e outros entram
e lembram afinal
mais existir que esta teia mental.

Sou dengoso dela,
fico por ela a imaginar além do sofrimento
uma luz;
seja evolução ou teimosia,
a noite e o dia fazem parte do mesmo ciclo...

Que fazer quando te ameaçam maior distancia
que a que já há?
Sofrer com ela já é o que basta,
não é verdade?
Maior distância para quê?

Coisas.

Prossigo não faminto
nem desejoso,
é como se a velhice
já se encarrega-se de mim.

Preciso de outros
para que a vida não seja só minha
que isso só seca
(pois já reguei todas,
todas as minhas flores
e essas precisam de outras para viver por si em mim
e no mundo).

Cansado,
o trabalho não tem ido a nenhum lado.

Mas só agora
pois antes,
há uns dias,
crescia e florescia perfeitamente.

Há dias maus
e hoje,
ontem foram.

Constipado em conversas profundas...

Sou daqui
mas sou de qualquer lado também,
desde que haja espaço e compreensão.

Amador do vento
falo palavras do tempo a quem me ouve
mas não oiço eu palavras mas símbolos
e daí me distancio de meu irmão e irmã.

Talvez esteja apenas constipado
e cansado destes maus dias.

Talvez,
sei lá.

À parte da vida a imaginação
mas não é mau não
quando existem sem contradição
- nem que seja por uns breves momentos.

Que venha então amanhã.

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