quinta-feira, 9 de abril de 2015

Esta coisa de escrever tem que se lhe diga.

Feliz, compenso a vida
e meu desprezo raia a escrita nula.

Em quinta-feira de folga
resta-me o não fazer absolutamente nada.

O trabalho absorve-me tudo de dar
e assim deixo-me por aqui ficar,
pensando tréguas, alegrias e passado,
sonhando futuro por outro lado.

É deixar mais algum tempo passar.
(...sempre esperar pelo momento certo
a avançar.)

Quero coisas físicas e não mais abstracção.

Quero deslizar pelo asfalto em duas rodas
e esquecer o que tem de ser
e me dar apenas ao sentir,
conhecer e reconhecer
que tudo não é nada
e logo assim a vida é perfeita
e querida
para mim.

Tou satisfeito.

E o chato de estar satisfeito
é não inventar saídas por via da arte.
Não quer sair,
está bem assim.

Falemos de coisas boas
e deixemos as más terem a sua vida e morte
naturalmente.

Sejamos homens (e mulheres)
de carácter altivo
para reconhecer as fraquezas,
na verdade, serem as maiores virtudes.

É de calor que falo e espaço.

Um momento e tudo se vai.

Espera o dia que a noite come.

Maravilha poder viver sem saber
nem controlar demais os demais.

Sou apenas um
e um tenho que ser
até algo me matar.

Morre a morte em todo e qualquer lugar.
Vida é sempre mais!
(e continua...)


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