Dois dentro,
um chora outro ri.
Dois dentro,
um sofre a vida em angústia,
o outro torna-a em alegria para os outros.
Dois dentro,
um conhece o segredo,
o outro só tem medo.
Dois dentro,
um fortalece o desejo além conquista
generosidade alheia,
o outro guarda para si toda a angústia
e despreza os outros todos.
Dois dentro,
um caminha o caminho da canção de seu coração,
o outro quer-se ver tão forte que deixa de alguma vez mais sentir, sofrer.
Dois dentro,
um é a hereditariedade de toda a humanidade,
o outro sofre apenas a dor física e pequena
(mas imensa)
de ter a hereditariedade da família de sangue.
Dois dentro,
um acha um absurdo a vida e só precisa, quer morrer,
o outro vê nisto plena alegria e goza seu sofrimento
a um alto gracejo que ecoa pela rua.
Dois dentro,
um ama,
o outro tem medo de amar.
Dois dentro,
um quer ir,
o outro quer ficar.
Dois dentro,
um mesmo
e para sempre.
Dois dentro:
há que haver amizade cá dentro...
Equilibrium
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