segunda-feira, 26 de maio de 2014

Eu fui de fora depois larguei dentro os tesouros e conheci
feedbacks que nem conhecem o inglês. São toscos e também
não falam português. É outra língua...
Caminhei por pedras altas e duras que não ajudam o passo
à próxima.
Conheci quem me tão queria mas não quero;
mas deles recebi mais do que nunca quis.

Aos poucos conquistei as pedras e fiz elas voarem,
voarem para longe.
Assim me encantam os sonhos
e a realidade
me deixam nua, só;
ao descoberto na luz da lua.

Falei-me noutro dia a ti, e te tão mais quis
que quero esquecer essa vontade de fazer bebés
e coisas assim...

Qual será a casa onde me durmo?

Quem me dará abraço que não me prenda ou esmague?

Sei de ti em tudo o que vejo
e quando me enredo disso
quase choro, porque tu mulher
és demais fecunda, coisa que alarga com o prazer:
a necessidade de nascer.

E olho quem por ti esqueceu
e morre e morre...

Estar aos passos minguantes
te sonhando mas te não sendo em palavras
- soltas pela fala - é erro
mais que demais erro.

Erro que assisto e sou mais que tudo
palavrão disso.

Tantas e tão doces...
Tão cheias.

(Nado em ti sereia dos tempos longínquos em que não havia tempo.)

Essa tristeza que amo.
Luar de sol em terra amarga
que guarda a fertilidade de um amanhã,
luz de chegada minha.

Ter do chão o céu
por o viver tão longe do prazer;
que imagina o que não vê
mas sente,
sente.

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