Memória, cerca de pano,
concórdia das multidões em salto.
Eu sou quem salta mais alto!
Arrombar portas para ver por certo
o claro plano,
pleno de plenitude,
a consciência macabra
que esta vida nos destina antes.
Antes,
antes mesmo de existir
ou sequer ser;
ver quem nos fez aparecer
e questionar tal façanha
sabotando vida à morte
e renascer descoberto
à frieza de ser acesamente vivo.
Dói a pele,
dói a vida
que de intensa rasga as maneiras morais,
valores societais
e quereres de que as coisas sejam
enfim serenas, compreensíveis e até apetecíveis!
Força na roda da vida
que quando perra
há que dar velocidade à loucura
para que em tanta terra descubra mar!
Ah, e o ar!
Tanto que de nós nos esquecemos disto...
No fundo somos deveras espírito
e espírito são já plenamente nossos avós
e irmãos idos
- nesta absoluta e eterna equação da vida.
Somos todos espírito
e lá somos todos e nenhum.
Uma mistura de mortos e vivos
num conhecimento tanto
que só o ar pode conter, manter e ser.
Vês?
De tanto
tem de ser leve.
E quanto mais voas e sabes
mais elegante te tornas.
Nas forças destas ordens
nos deitamos acesamente acordados
para decifrar leis vigentes aos vivos.
E sonhando esta vida
consciencializamos e tornamos possível
a próxima
- a cada momento a próxima!
Isto sim é façanha,
isto sim é de louvor.
E que de nada te percas
em peripécias da vida física
que é a do ar aquela em que te deves tu focar!
Pois dessa brota a outra
e outras e todas:
une-as ela em perfeita sintonia e beleza.
Acorda acordado ser da morte.
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